O devido valor





Não podemos deixar que o costume da vivência diminua a nossa capacidade de amar e nosso interesse...
Na Bíblia, ao lermos o livro de Provérbios, encontramos o seguinte trecho: “Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu poço.” (Pv 5.15.)

Podemos extrapolar a reflexão sobre esse texto, trazendo-o para o convívio entre um casal. Muitas vezes, os homens com o passar do tempo começam a agir de maneira mais relaxada em relação às suas esposas.

Digo com o passar do tempo, pois na época do namoro elas são TUDO na vida deles, mas após o casamento, não entendo o porque, elas começam a ser algo em segundo plano em muitas situações.

Há algum tempo ouvi a seguinte frase: “Os casados deveriam se comportar como namorados e os namorados como casados...” Realmente é isso que temos visto hoje. Parece que as pessoas, os homens principalmente, gastam todo o afeto e todas as carícias durante o namoro e depois do casamento o “estoque” já está esgotado.

É necessário dar o devido valor ao que você, marido, tem em casa. Não apenas pela roupa lavada, pela comida deliciosa, ou pelo cuidado com os filhos, mas pela pessoa que sua esposa é.

As mulheres não são simples auxiliadoras do lar, elas são, acima de tudo, companheiras afetuosas em todas as situações e, portanto, precisam de todo carinho que o marido pode direcionar a elas. E existem maridos que, além de não elogiar, criticam o que a esposa faz com tanta atenção.

Existem alguns que chegam em casa e vêem aquela comida maravilhosa na mesa e dizem: “Que comida sem sal!” ou, então, “Que comida salgada!”. Mas quando está boa nunca dizem: “Que comida deliciosa!” Muitos se esquecem de que eles trabalham, mas elas também. Seja em casa ou num trabalho convencional, elas nunca estão paradas. Então, maridos, se vocês estão cansados, elas também estão e talvez estejam mais cansadas que vocês e ainda arrumaram suas coisas. E tem aqueles que agem ainda pior.

Procuram ter fora de casa uma relação para satisfazerem aos desejos carnais. E é nesse momento que quero retornar ao versículo de Provérbios que diz “beba água da sua cisterna”. Marido, se ela envelheceu, você também envelheceu; se o corpo dela mudou o seu também mudou, mas o que não pode envelhecer e nem mudar é o sentimento que uniu vocês dois.

A traição traz muita dor ao que é traído, ainda mais quando o traído ama verdadeiramente o outro. Os maridos devem dar valor a quem cuida deles, a quem zela pela casa, a quem zela pelos filhos. Esse tipo de pecado é falta de sabedoria.

Sabedoria, pois a mulher maliciosa que comete esse ato com um homem casado, quer apenas tirar proveito da situação; seja ele financeiro ou sexual momentâneo. E está escrito: “Dize à sabedoria: Tu és minha irmã; e chama ao entendimento teu amigo íntimo, para te guardarem da mulher alheia, da adúltera, que lisonjeia com as suas palavras.” (Pv 7.4-5.)

Então, se tem algum sentimento de adultério ou de cobiça de outras mulheres senão a sua, ou se não sabe dar o devido valor à sua esposa, ore a Deus e peça para que ele mude seu coração e dê a você sabedoria. A esposa é um presente de Deus e não é um “Cavalo de Tróia” como muitos dizem.

A esposa só vem para somar em nossa vida. Elas são dotadas de uma força inimaginável que nos momentos mais difíceis se faz presente para auxiliar os maridos. Valorize o que você tem e regue o amor que há no coração de sua esposa. E verá como serão maravilhosos cada um dos seus dias.
Não podemos deixar que o costume da vivência diminua a nossa capacidade de amar e nosso interesse...
Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador,
Valorize o que você tem e regue o amor que há no coração de sua esposa. E verá como serão maravilhosos cada um dos seus dias.

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